terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Revolta da Armada e Triste Fim de Policarpo Quaresma

A Revolta da Armada foi um movimento deflagrado por setores da Marinha brasileira em 1893 contra o presidente da República, marechal Floriano Peixoto. Encabeçado pelo contra-almirante Custódio de Melo e pelo almirante Luiz Filipe Saldanha da Gama, o episódio expressou com clareza os interesses e as disputas políticas do início do período republicano.
 
Quando a República foi proclamada, em 1889, um problema que imediatamente veio à tona foi a ascensão das oligarquias locais ao poder nos seus respectivos estados. Ocorre que haviam elites em disputa pelo poder, e o presidente provisório, Deodoro da Fonseca, precisou decidir quem iria apoiar em cada estado. Com isso, logo as oligarquias desprestigiadas pelo novo regime, política ou economicamente, começaram a fazer oposição a Deodoro.

Esse movimento atingiu seu ponto alto na eleição presidencial de 1891, da qual Deodoro saiu vencedor. O vice-presidente eleito, porém, era Floriano Peixoto, apoiado pela oposição. Deodoro destituiu todos os governadores oposicionistas, nomeando políticos de sua confiança. Contudo, as bancadas estaduais no Congresso permaneceram as mesmas, e elas, em sua maioria, eram contra o presidente. Houve, assim, um descompasso entre os que detinham o poder nos estados e os representantes estaduais no Congresso Nacional.

Uma exceção foi o Rio Grande do Sul, onde a bancada federal apoiava o governador, Júlio de Castilhos. Quando, sob pressão, Deodoro renunciou, o vice, Floriano Peixoto, que assumiu a Presidência da República em novembro de 1891, destituiu os governadores que apoiavam Deodoro. Uma ferrenha disputa pelo poder instalou-se no Rio Grande do Sul, envolvendo o grupo de Castilhos e as novas facções na luta pelo poder.
O presidente, que inicialmente manteve-se neutro, decidiu apoiar o governador que ele mesmo destituíra. Floriano sabia que, ao favorecer Castilhos, ganharia o apoio da bancada gaúcha no Congresso. De outro lado, os grupos que passaram a disputar o poder no Rio Grande do Sul, após a queda do governador, incluíram elementos identificados com a Monarquia. A oposição a Castilhos chegou a fundar o Partido Federalista Brasileiro, unindo dissidências do Partido Republicano local e integrantes do antigo Partido Liberal.

Em 1893, teve início a Revolta da Armada. Custódio de Melo, que havia apoiado Floriano na eleição para vice-presidente, não aceitou as medidas do governo em relação à política gaúcha. De outro lado, havia o problema sucessório. Pela Constituição, Floriano deveria convocar novas eleições no prazo de dois anos após a posse. Porém, isso não ocorreu. E Custódio, que era candidato à Presidência, ficou contrariado com a nova situação.

A rebelião dos marinheiros, porém, não conquistou maior apoio na então capital da República, Rio de Janeiro. Depois de algumas trocas de tiros com o Exército, os revoltosos seguiram para o sul do país. Parte deles desembarcou na atual cidade de Florianópolis.

Floriano Peixoto, que contava com amplo apoio dentro do Exército e mesmo entre as elites estaduais (sobretudo a paulista), adquiriu navios no exterior para reforçar o combate aos revoltosos, finalmente derrotados em março de 1894. Ao suprimir a Revolta da Armada, que de alguma forma vinculava-se à restauração da Monarquia - o presidente terminou por credenciar sua própria imagem como um radical defensor da nascente República.
 
 
 A obra
 
Geralmente as leituras que são feitas do romance "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, concentram-se apenas no protagonista, por meio do qual o autor critica o nacionalismo ufanista surgido no final do século XIX e início do XX no Brasil.

O texto também pode ser lido como um embate entre a utopia e a realidade, pois o sonho de Quaresma, ao qual se dedica de corpo e alma, acaba por levá-lo a um final trágico, sendo condenado à morte pelas próprias forças políticas que apoiava. Assim, aquele que tanto sonhara com um Brasil melhor é derrotado em seus ideais.

Considerado pela crítica literária o principal expoente do Pré-Modernismo brasileiro, a narrativa foi publicada inicialmente em folhetins, em 1911, na edição vespertina do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro. Quatro anos depois, foi impressa em livro.
 
Na jornada que leva o protagonista da idealização de uma sociedade brasileira à condenação pela justiça, há críticas diretas ao presidente Floriano Peixoto (1891-1894) e ao pensamento positivista.

Patriota fanático, Quaresma apresenta uma série de características que o mostram como um aficionado ao Brasil: o número de autores nacionais em sua biblioteca, a valorização do violão, instrumento geralmente vinculado apenas à malandragem, além do estudo de costumes e da música tupinambás. Propõe ainda ao Congresso Nacional a instituição do tupi-guarani como língua nacional.

Esse pensamento o torna objeto de ridicularizarão. É internado num hospício e aposentado por invalidez da função de funcionário público no Arsenal da Guerra. Ao deixar a casa de saúde, Quaresma compra um sítio no interior com o objetivo de viver da atividade agrícola que a fértil terra brasileira propiciaria. O clientelismo hipócrita dos políticos, a deficiente estrutura agrária e as saúvas, porém, levam-no ao fracasso.
 
A insurreição dos marinheiros da esquadra contra o continuísmo do presidente Floriano Peixoto, conhecida como Revolta da Armada, traz Quaresma de volta à então capital do País. Alista-se para defender o Marechal e, ao conhecê-lo, expõe seu projeto de como tornar o Brasil uma nação agrícola, sendo chamado "visionário" por Peixoto.

Quaresma luta durante sete meses fiel ao presidente e, ao fim do conflito, é nomeado carcereiro da Ilha das Enxadas, prisão dos revoltosos. Assiste, pasmo, ao fuzilamento arbitrário de 12 deles e, ao escrever uma carta a Peixoto sobre o acontecido, é preso, sob a acusação de traição, sendo também condenado à morte.



Textos extraídos dos links:
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/triste-fim-de-policarpo-quaresma-analise-da-obra-de-lima-barreto.htm

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/revolta-da-armada-setores-da-marinha-lutam-contra-floriano-peixoto.htm

Questões de História - 1Min

Copiem as questões em seus cadernos e, com base no que conversamos em sala de aula, as respondam. Iremos discutir suas respostas na nossa próxima aula, dia 04/03. Qualquer dúvida, me procurem.


1. Na sua opinião, o conhecimento do passado pode ajudar a transformar a realidade em que vivemos? Por quê? Justifique sua resposta.

2.  Explique a frase "O historiador lida com defuntos não para conhecer a morte, mas para conhecer a vida".

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Mais um ano letivo...

E, depois de um mês de muito descanso, nosso ano letivo começou. Hoje foi dia de organizar o material, voltar à rotina e ir para escola conhecer e reencontrar colegas e professores.

Que esse seja um ano cheio de coisas boas para alunos e professores, com muito trabalho, muita colaboração e muuuitas notas altas!



Boas vindas aos novos e antigos alunos!

Bora trabalhar? ;)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Festival de Rock

Todos os anos, os alunos dos terceiros apresentam um trabalho para a professora Ceres Veloso (Inglês) sobre a história do rock´n roll. Os alunos escolhem as décadas e apresentam os principais fatos históricos do período, seus hábitos, sua cultura, e claro, suas bandas.

Em 2012, eu e a professora Ceres nos unimos e decidimos mudar essa apresentação. Em vez de seminários, os alunos elaboraram um festival de música na escola, unindo às apresentações expositivas história e muita música.

Os grupos escolheram seis bandas que fizeram muito sucesso entre as décadas de 1950 e 2000. Para cada banda, escolheram um clássico e dublaram os artistas. No intervalo de cada música, os alunos falaram sobre os principais acontecimentos de cada período. Os alunos se caracterizaram como os artistas escolhidos e tivemos a presença de Fred Mercury, Axl Rose, Slash, Little Richard, entre outros.

Além das dublagens, tivemos também apresentações ao vivo dos estudantes e do professor Rodrigo Ferraz (Geografia), que contribui imensamente para a realização do evento emprestando seus equipamentos de som, montando o palco e agitando muito o pessoal. No final do período houve um desfile de moda, com as principais tendências de cada época.

Apresentações das bandas


Desfile de moda

Esse foi, sem dúvida, um dos dias mais divertidos na escola!!!

Segundos anos e seus filhos

Em 2012, os alunos dos segundos anos tiveram como Projeto a disciplina de Ação e Cidadania. Ao longo do ano letivo vários temas foram abordados em sala, como trabalho em equipe, convivência com o próximo e mercado de trabalho.
Entre as atividades desenvolvidas esteve a criação de um "filho" ovo. O objetivo da tarefa era aproximar os alunos, fazendo com que cada dupla adotasse um filho. Os "filhos" eram ovos, que foram confeccionados pelos seus próprios pais. Os pais escolheram a carinha dos seus filhos e os nomes, que foram registrados nas certidões de nascimento. Durante uma semana os alunos tiveram que alternar os cuidados com seus bebês e ainda, conhecer melhor sua dupla.
2MedA e 2MedB e seus "filhos"